Eu nem sei dizer qual foi a sensação
que eu tive quando vi pela primeira vez a capa do livro. Era algo tão bom e tão
inocente que não duvido nada que uma criança tenha pintado e a editora resolveu
digitalizar. Bem a capa foi uma das coisas que me chamou atenção no livro,
depois fui ler a sinopse e soube que TINHA que lê-lo. E hoje é um dos meus
favoritos, meu xodó, digamos assim.
A história é contada em primeira
pessoa. O protagonista se chama Jack, e tem apenas cinco anos de idade, Ele
vive no Quarto com sua mãe, na companhia do Tapete, da Televisão, do
Guarda-Roupa (no qual ele dorme), e de várias outras coisas que ele chama pelo
nome e em maiúsculo. Eles recebem eventualmente a visita do velho Nick que traz
mantimentos, brinquedos e livros. O pequeno Jack nasceu naquele Quarto e o que
passa na TV ele chama de Lá Fora.
A narrativa é incrível, você mergulha
de cabeça na mente de uma criança de cinco anos, e por que não dizer até que
vivemos a inocência dela?! É assim que você vai se sentir quando começar a ler
Quarto. Toda essa inocência mascara o verdadeiro motivo de Jack e sua mãe
estarem vivendo naquela prisão que ele chama de Quarto. A grande sacada do
livro foi colocar a narração na boca do pequeno Jack, senão não seria tão bom.
Antes de ler eu pensei: “Ah, vai
contar como é a vida deles nesse cativeiro e no fim eles vão fugir e fim de
história”. Mas não! Sair de lá foi só o inicio para uma vida ainda mais
complicada. Como explicar à uma criança que O Lá Fora era o lugar que eles
deveriam estar desde sempre?
Com certeza é um dos meus preferidos,
narração fácil e ágil, alias é uma criança que narra. Excelente trabalho da
autora. Eu leria de novo.
Por Ícaro Santana
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